Capítulo 56

De noite, depois que jantamos, eu e o jú fomos lá pra fora. Ficamos deitados na rede e observando aquele céu lindo. Olhei pra ele que estava com o olhar distante. Dei um beijo na sua bochecha, ele me olhou, sorriu e me deu um selinho.

clara: você tá bem? - ele assentiu que sim - certeza?

júnior: eu to bem, amor 

clara: tá gostando de ficar aqui?

júnior: muito, seus avós fazem com que eu me sinta em casa 

clara: essa é intenção, você se sentir em casa, se sentir bem 

júnior: te amo e todo dia agradeço por ter você do meu lado, sempre me apoiando e me dando força 

clara: você sempre fez isso por mim, eu to retribuindo todo amor que recebo de você

Ficamos por mais um tempo ali e depois fomos pro quarto. Tomamos banho juntos, deitamos, o jú me abraçou, fiquei aconchegada nos seus braços e nós dormimos. Acordei no outro dia primeiro que ele, que dormia lindamente. Passei a mão pelo seu cabelo, dei um beijo na testa dele e levantei. Fui no banheiro, escovei os dentes e desci. A casa estava em silêncio, fui na cozinha e vi que tinha um bilhete com a letra da minha avó na geladeira.

"Bom dia meus filhos! Saímos para ir até a feira e depois vamos passar no mercado. Não demoramos. Se alimentem, por favor! Beijos, vó Isabel e vô Carlos"

Meus avós são um amor mesmo. Começo a preparar o café da manhã do jeitinho que o jú gosta. Coloco as coisas na bandeja e subo pro quarto. Deixei a bandeja em cima da cama, sentei ao lado dele e fui o acordando aos poucos. Passei a mão no cabelo dele que nem se mexe. Comecei a encher o rosto dele de beijos e ele vai acordando aos poucos.

clara: bom dia, dorminhoco

júnior: como é bom acordar assim - ele sorri e me dá um selinho

clara: preparei nosso café da manhã na cama

júnior: sério? - ele sentou na cama e viu a bandeja - você é incrível, amor - segurou meu rosto e me deu um selinho demorado - vou escovar os dentes pra gente comer

O jú foi no banheiro, logo voltou e nós tomamos café conversando e fazendo nossas brincadeiras de sempre. Depois que terminamos, desci pra largar a bandeja e voltei pro quarto. O júnior estava no banheiro fazendo a barba.

clara: vai ficar mais gato ainda

júnior: eu sou, de qualquer jeito

clara: que namorado convencido - abracei ele por trás e beijei seu braço - e lindo, e cheiroso, e tudo de bom 

júnior: cê tem sorte, né 

clara: muita - rimos, ele me puxou pra sua frente, me colocou sentada na pia e colocou a mão na minha nuca 

júnior: a gente precisa se completar de outra maneiraa

clara: concordo 

O jú começou a me beijar e acabou rolando ali mesmo. Tomamos banho juntos, arrumei a cama, descemos e meus avós estavam entrando. O jú correu pra ajudar eles com as sacolas.

isabel: você é muito gentil, juninho - passou a mão no rosto dele que sorriu - obrigada

júnior: de nada, vó. Quer uma ajuda aí, vô Carlos?

carlos: olha esse braço aqui, claro que não preciso de ajuda - rimos 

isabel: até parece, né 

clara: claramente um fisiculturista com esse físico todo

Eles foram pra cozinha largar as compras.

isabel: como ele está?

clara: melhorando, graças a deus. Ele disse que está amando ficar aqui

isabel: que bom, fico muito feliz em saber disso. E vocês sabem que podem ficar o tempo que quiser, né?!

clara: sim, vó. E agradeço muito pela recepção maravilhosa que vocês estão nos dando 

isabel: você é minha neta, juninho já virou neto também, claro que vou sempre receber vocês de braços abertos 

Fomos pra cozinha, meu avô e o júnior estavam falando sobre futebol. Esses dois só tem esse assunto.

clara: ficaria impressionada se vocês dois não estivessem falando sobre futebol

júnior: anna, vou ensinar seu avô a jogar video game 

isabel: ai meu deus - rimos 

carlos: ele tá aqui se gabando que ganha de todo mundo, preciso aprender pra acabar com ele

clara: virou competição?

júnior: claro que sim - Ficamos ali na cozinha nós quatro enquanto minha avó começava os preparativos do almoço - posso pedir uma coisa?

isabel: claro 

júnior: queria ouvir a história de como vocês se conheceram 

carlos: ah, eu amo contar essa história 

isabel: então pode começar 

clara: eu já ouvi, mas amo escutar sempre 

carlos: então, a gente se conheceu aqui em Paraty mesmo, aliás, aqui que vivemos os nossos primeiros anos de namoro. Quando eu vi essa mulher pela primeira vez eu fiquei doido, querendo saber o nome dela, de que família ela vinha

isabel: ele me viu pela primeira vez na praça da cidade, eu estava com as minhas amigas mas eu nem reparei nele

carlos: mas eu reparei em você, não tem como não reparar.

clara: parem de ser fofos que eu já to quase chorando - rimos

carlos: quando eu descobri o nome dela, foi perfeito, aí eu podia começar a puxar assunto. Quando eu vi de perto esses olhos verdes eu me apaixonei, de verdade, como eu nunca imaginei na minha vida

júnior: já sabia que era ela a mulher certa?

carlos: quando ela me olhou pela primeira vez eu já sabia que ia casar com ela. Mas foi difícil, essa mulher é difícil - rimos 

isabel: ele pensou que ia ser fácil, tava muito enganado

carlos: acho que ela só deixou eu pegar na mão dela depois de 3 meses

júnior: vish, mas cê não desistiu hein 

carlos: claro que não, mas antigamente era assim, não dava nem pra pegar na mão - rimos 

júnior: e o beijo?

isabel: depois de 8 meses de encontros na praça, nós nos beijamos 

carlos: o pai dela, Seu Eugênio, cara difícil, nunca passei tanto nervoso na minha vida como no dia que eu fui conhecer ele. Minhas mãos suavam. Coloquei minha melhor roupa, ele me olhou dos pés a cabeça e fez pouco caso - rimos - já impôs um milhão de regras, nossos encontros com horário marcado, na sala de casa e eu só podia pegar na mão. Foi difícil, mas aos poucos eu conquistei a fera

júnior: parece eu no dia que fui conhecer o tio henrique 

clara: isso que a gente nem namorava, foi só conhecer como amigo - rimos - conta do pedido de casamento, eu amo essa parte

júnior: também quero saber 

carlos: depois de um ano e meio de namoro, eu resolvi que já não podia mais dormir e acordar longe dessa linda mulher. Comprei o anel e tava nervoso, suando frio. No dia do aniversário dela, na casa dos pais dela, eu preparei uma surpresa. Comprei as flores mais lindas que vi e levei. Coloquei meu terno, bem arrumado, cheiroso e com o coração a mil. No meio do jantar, começou a serenata que eu tinha contratado e mais flores que foram chegando conforme a música rolava

isabel: eu não tinha ideia do que estava acontecendo

carlos: e quando eles pararam de cantar, eu falei algumas palavras, pedi permissão pro pai dela, me ajoelhei e fiz o pedido 

clara: que coisa linda

isabel: e eu disse sim, óbvio 

júnior: caramba, que história daora essa de vocês 

carlos: casamos, fomos morar no rio e construímos nossa família 

clara: eu não aguento essa história - enxuguei minhas lágrimas - é linda demais 

júnior: vamos construir a nossa história e contar pros nossos netos - ele beijou minha testa 

• Marcelo on

Esses enjoos da Julya estão estranhos. Eu poderia até pensar que fosse gravidez, mas depois de um tempo, acho que é a gastrite nervosa atacando. Quero sair para jantar, fazermos algum programa de casal, mas ela ficou tanto tempo na UTI que quando chegou em casa eu já estava dormindo. Dou tchau para o Samuel, entrego um presentinho do Batman - que eu sei que ele adora -, beijo sua testa e abro a porta do consultório logo vendo a Marcia com uma cara estranha.

Marcela: tá tudo bem, Marcia?

Marcia: ligaram do pilates da dona Julya, seu Marcelo

Marcelo: aconteceu alguma coisa?

Marcia: ela pediu para avisar que foi mais cedo pra casa

Marcelo: os pacientes devem ter desmarcado - sorrio - obrigado, Marcia - olho para sala de espera e tem uma menina com o cabelo preso e enrolados na ponta - oi, princesa - ela me olha estranho, agacho na sua frente e ela me entrega a Barbie nas mãos - pra mim? - ela assente - obrigado - dou um beijo na sua bochecha que ri

Xxx: desculpa, doutor

Marcelo: sem problemas! Ela é a paciente?

Xxx: é sim

Marcelo: então vamos entrando - dou espaço para as duas entrarem - como é o nome da princesa?

Xxx: Tina - a mamãe sussurra um Valentina e ela vem em direção a minha mesa quando eu estou mexendo no computador procurando pela sua ficha - tio

Marcelo: quer sentar aqui com o tio? - ela concorda e eu coloco sentada no meu colo - vamos ver quando tempo você não vem aqui dona Tina - faço cócegas na sua barriga e ela ri

Valentina é tão comportada que não reclama de nada. Abro a porta com ela em meu colo, e me surpreendo, quando vejo o comentário da mãe dela.

Xxx: você tem filhos? - nego - vai ser um ótimo pai

Marcelo: eu adoro crianças - limito-me a dizer e quando ela vai embora Marcia fica me olhando - dona Marcia, a senhora não me engana

Marcia: eu só concordo com a moça, doutor

Marcelo: não nego que quero ser pai, mas não para agora - sorrio ao lembrar da Julya cuidando dos nossos futuros filhos - mais algum paciente?

Marcia: não, senhor

Marcelo: então vou indo ver minha mulher que eu já tô morrendo de saudade

Marcia: a caixa de chocolate e os bons de doce de leite já foram entregues

Marcelo: você é maravilhosa, marcinha! - beijo sua bochecha

Pego meu jaleco colocando no saquinho para lavar, arrumo minhas coisas e saio de lá indo direto para o apartamento da Julya. Mando mensagem, mas ela não responde. Deve tá dormindo, por isso, quando subo vou silenciosamente para o seu quarto e ao chegar lá, Julya está sentada na cama, com as pernas de índio, e cara de choro.

Marcelo: amor?

Julya: Marcelo, cê não tinha que tá na clínica? - ela diz arrumando umas papeladas que eu identifico por ser exame de sangue

Marcelo: não tenho mais paciente. Que exames são esses?

Julya: não é nada... - limpa as lágrimas sobre o rosto molhado - me espera para gente sair?

Marcelo: Julya, - sento a sua frente - cê sabe que só vamos sair se você me conta, não é?

Julya: eu só estava... olhando o meu último exame pra comparar com o próximo

Marcelo: eu sei que você está mentindo. O que você tem, meu amor? - passo a mão em seu rosto - fala pra mim

Julya: não é nada, eu já disse

Marcelo: deixa eu ver

Julya: João Marcelo!

Marcelo: você não estaria chorando por nada, amor - pego os primeiros exames - a data é de hoje - olho as primeiras folhas e tudo normal - tá mais saudável que a rainha Elizabeth - ela ri. Folheio a até a última folha e vejo Beta HCG QUALITATIVO - Julya?

Julya: oi? - ela se mantém de cabeça baixa e com os olhos fechados

Marcelo: amor, - pego o papel branco tremendo - valores menores que vinte e cinco é negativo e acima de cem...

Julya: eu tô grávida, Marcelo

Eu levanto da cama, passo a mão no meu rosto, e de repente, sorrio. Um sorriso escapa dos meus lábios e lágrimas escorrem pelo meu rosto. Não consigo falar nada. Nada. Julya fica de olhos fechados, acho que pensando que eu vou gritar ou falar alguma coisa, mas eu só faço sorrir e chorar.

Julya: Marcelo, eu sei que a gente nunca conversou sobre isso - me aproximo da cama, engatinho na direção e deito seu corpo suavemente na cama, colocando o indicador em seus lábios

Marcelo: não fala nada - eu a beijo, segurando em seu rosto, enquanto vai passando as mãos pela minha nuca - essa é a melhor notícia que eu poderia ter - desço meu tronco até sua barriga, levanto sua blusa e beijo o local - oi, papai

Julya: pensei várias coisas sabia?

Marcelo: eu sempre quis ter filhos e você é o amor da minha vida, dona Julya Faulkner Molina. Meu Deus, eu vou ser pai! - sento na cama e ela se apoia na cabeceira da cama - obrigado, amor

Julya: você me faz tão bem, João Marcelo. Nosso bebê é a prova disso

Marcelo: eu amo vocês - a abraço - minhas vidas

• Marcelo off

Eu e o jú passamos a tarde ajudando meus avós a cuidar da horta deles e planejando sair pra jantar na casa dos vizinhos a noite. Eles falaram pro meu avô que queriam conhecer o jú e, o júnior como sempre, foi totalmente compreensivo e aceitou. (...) A noite, fomos tomar banho e nos arrumar.

clara: nossa última noite aqui - fiz beicinho 

júnior: nunca me senti tão bem em um lugar como eu me senti aqui, com a internet desligada, fora dessa loucura toda

clara: você tava precisando disso

júnior: não canso de agradecer, muito obrigado por isso, amor 

clara: te amo - nos beijamos e terminamos de nos arrumar

Descemos e meus avós já estavam nos esperando. Saímos e andamos menos de 20 metros até chegarmos na casa dos vizinhos. Meu avô apertou a campainha e logo abriram a porta. Fomos recebidos pela dona Leandra e o seu Augusto. Os dois muito receptivos. Ali na sala tinha um menino um pouco mais velho, pela casa dos 20 e poucos anos e outro que era criança.

augusto: olha quem tá aqui, gustavo. O neymar, seu ídolo

júnior: ah, quer dizer que você é meu fã? - o menino não conseguia falar, ficou paralisado vendo o júnior - muito prazer, ferinha - se abaixou e cumprimentou ele 

leandra: fala com ele, meu amor 

gustavo: o-oi neymar 

júnior: muito bom conhecer você - o jú cumprimentou o outro menino, Fabiano. Cumprimentei também e o júnior ficou falando com o gustavo. Como se da bem com criança, nunca vi uma coisa dessas

Enquanto os dois estavam ali no mundinho futebolístico deles, ficamos conversando e rindo da cara de babão que o gustavo olhava pro jú. (...) Nossa noite foi incrível, júnior tirou foto e autografou a camisa do Brasil de todo mundo. Gustavo não saiu de perto dele e, só deixou o jú ir embora com a promessa de voltar e logo. Assim que entramos na casa dos meus avós, subimos pro quarto.

clara: amei ver você com o pequeno 

júnior: adorei ele e dei risada com a cara dele de apavorado quando me viu 

clara: eu também 

Peguei meu celular e vi que tinha mensagem do marcelo.

Oi Anna Chata

Quando vcs voltam?

Vem pro aniversário da mãe?

     Amanhã já estamos voltando

     Pq?

     Aconteceu alguma coisa?

Não, só queria saber

Quero fazer uma surpresa pra mãe e quero que vc esteja aqui

    Óbvio que eu vou estar no aniversário dela

    Vai me contar a surpresa?

Não, vc é fofoqueira kkkkk

    NUNCA CONTO SEUS SEGREDOS

    Ridículo kkkkk

Também te amo irmãzinha

clara: marcelo é muito ridículo

júnior: que foi? - mostrei a conversa pra ele - sacanagem não contar

clara: não é?! ridículo - rimos

(...) Acordei no outro dia cedinho, não podemos ficar aqui até a tarde porque o jú tem compromisso em São Paulo. Já levantamos, tomamos banho, arrumamos nossas coisas e descemos. Entramos na cozinha e meu avô estava terminando de arrumar a mesa.

carlos: bom dia

clara: bom dia, que mesa linda

carlos: especial, já que vocês vão embora

clara: não queria ir

júnior: nem eu, mas tenho que trabalhar

isabel: a gente entende, outro dia vocês voltam e ficam mais com a gente

júnior: e eu vou voltar mesmo

Sentamos e tomamos nosso café da manhã fazendo um resumo desses dias que passamos por aqui. Assim  que terminamos, nos despedimos dos meus avós e voltamos pro rio. Fomos cantando e rindo o caminho todo, nem parece que viemos pra cá tristes e cabisbaixos, principalmente o júnior. Chegamos na minha casa e, como eu já esperava, não tinha ninguém. Subimos e eu já comecei a desfazer minha mala.

clara: que horas cê vai?

júnior: depois do almoço 

clara: não gosto das nossas despedidas

júnior: amanhã eu to aqui, amor - pegou minha mão e me fez sentar no seu colo - menos de 24 horas longe 

clara: ainda bem - ele colocou meu cabelo pra trás e me beijou

(...) Depois do almoço, o jú teve que ir e eu fiquei sozinha. Aproveitei pra dar uma geral no meu quarto. Desci pra comer alguma coisa e o marcelo estava entrando.

marcelo: olha, resolveu voltar pra casa

clara: exagerado - nos abraçamos - como cê tá?
marcelo: eu to ótimo e você? Como foi lá?

clara: to bem, foi tudo tranquilo

marcelo: e o ney?

clara: voltou outra pessoa, graças a Deus. Paraty fez muito bem pra ele

marcelo: que bom saber disso e fico feliz em saber que ele melhorou. Agora vou subir, preciso tomar banho e depois buscar a Julya

clara: não desgruda

marcelo: e nem quero desgrudar

clara: nem parece o moleque piranha de antes 

marcelo: o cachaceiro virou homem de família - ele cantou e nós rimos

clara: ridículo demais - ele riu e subiu

Fui pra cozinha, preparei um lanche e comi enquanto ia dando uma olhada no instagram.

neymarjr Obrigado por me fazer sorrir nos piores momentos e me dar colo quando eu mais preciso. Te amo minha preta!

adenacia meu casal, amo vocês

marcelomolina muito orgulho de vcs 

rafaelzulu casalzão da porra!!!

rafaella meus amores

thbarbosa casal iluminado, amo vocês e to com saudades

carolcabrino casal lindo da minha vida! Já to com saudade

claramolina eu te amo e sempre vou estar aqui pra você e por você, amor da minha vida

Curti mais algumas fotos, limpei o que sujei e fui pra sala. Liguei a tv e fiquei assistindo o filme que estava passando. O marcelo desceu e o perfume dele exalou pela sala.

clara: nossa, que perfumado

marcelo: claro, pô. Tenho que fazer bonito pra minha mulher

clara: eu tenho vontade de chorar vendo você apaixonado desse jeito, nunca pensei que fosse acontecer

marcelo: vai se catar, anna clara - rimos e ele foi abrindo a porta

clara: vocês vão voltar pra cá?

marcelo: sim 

clara: ah, tudo bem. Se cuida

marcelo: beijo, até daqui a pouco

Ele saiu e eu voltei a prestar atenção no filme.

• Fernando on

Minha fisioterapia está cada vez mais intensa e, comecei a dar meus primeiros passos com o andador. Todo dia eu acordo motivado a voltar a andar logo, retomar minha vida e ter tudo que é meu de volta. A coisa que eu mais penso em ter de volta é a Anna Clara. Tenho sonhado com ela todas as noites, vejo sempre ela voltando pra mim e eu acabando com a vida daquele jogadorzinho. Aliás, ele perder a copa foi uma das minhas maiores alegrias, ver ele ali derrotado só me deu mais gás pra seguir minha fisioterapia e voltar a andar logo. Já tenho tudo arquitetado aqui na minha cabeça, inclusive aquele gostosa da Stefani vai me ajudar, aí ele pode ficar com o jogador e eu com a minha Anna Clara, meu maior troféu. Como eu sempre disse, se ela não for minha, não vai ser de mais ninguém.

• Fernando off

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